Quando tem, não quer mais.

Aí você deseja "aquilo" com todas as forças, é o que mais quer no mundo e faz de tudo pra conseguir. Conseguiu. Eba, que legal! Agora você não quer mais... E assim vai vivendo, colecionando troféus, vangloriando-se por suas conquistas, achando o máximo ter conseguido o que quis. Até que um dia você falha. Oh, céus! O mundo parece desabar, o chão foge aos seus pés. FRA-CAS-SA-DO! Parece que ao andar na rua todos irão ler "PERDEDOR" escrito na sua testa. Você chora e sente-se a mais infeliz das criaturas. Mas ainda há um pouco de sensatez dentro de você, a qual o faz lembrar quantas pessoas foram feridas por sua causa. Um mar de remorso o invade. Você se sente cada vez pior.

As pessoas são assim. Estão sempre desafiando a si próprias, tentando ver até onde conseguem ir, quantas vitórias conseguirão. Mas um dia a consciência pesa e elas procuram estabilidade, chega de desafios! Só então percebem quanto tempo perderam nessas brincadeirinhas e descobrem que o maior de todos os desafios é conseguir se estabilizar, achar alguém disposto a ficar com você nos seus melhores e piores dias; a rir e chorar junto, passar a mão na cabeça e dar uma bronca; ligar no meio da madrugada e dizer que ama; esperar ansiosamente por aquele cinema no final de semana... Enfim, alguém para dividir os sonhos.

acho que na outra vida eu era um cavalo, e isso trouxe sérios problemas. eu vivo dando patadas/coices nas pessoas. é, eu vivo mesmo.
alguém me mata?

tchau.

diálogo ou monólogo?

-oi
-boa noite, tudo bem?
-como foi o final de semana?
-foi bonzinho e o seu?
-fez o quê?
-cinema, pizzaria... e você?
-foi com quem?
-uns amigos
-que amigos?
-você não conhece
-mas de onde são?
-dos tempo do colégio
-viu que filme?
-a casa do lago, com keanu reeves e sandra bullock, já assistiu?
-é bom?
-eu gostei, mas acho que tu num gosta de filmes românticos demais, né?
-olha, tenho que sair
-por que? vai pra onde?
-depois a gente se fala
-tá certo, beijos. te cuida!
-tchau

as coisas mudam

ela sempre foi uma criança exemplar, tirava boas notas, fazia esportes, era querida por todos no seu colégio, vizinhança e família; com o passar dos anos as coisas mudaram, as coisas sempre mudam. já não tirava boas notas, seus amigos eram poucos, a maioria dos professores sequer sabia o nome dela, os esportes viraram obrigação e não mais dava prazer, sua família a achava fria, distante e arrogante assim como seus vizinhos. o único que continuava ali, sempre dando apoio e sentindo orgulho, era o pai; é bem verdade que ele sempre a mimou, defendia contra tudo e todos, um super-herói mesmo. mas ele teve que ir pra longe, não tão longe, mas onde os olhos não podem ver, os braços não conseguem abraçar, as mãos não fazem mais cócegas... quilômetros separam um amor tão grande, apenas é possível ouvir as vozes através de um fio, isso é tão estranho! por que não inventaram um jeito de enviar as pessoas pelo mesmo fio?
então, qual a motivação que ela tem pra continuar sendo alguém que dê orgulho? ele não está mais aqui todos os dias para vê-la estudando, sorrindo, cantando, contando piadas. é como um arco-íris sem cor. tudo perdeu a graça...
ela faz tudo errado. sempre.

surpreender

por acaso eu já mencionei como é difícil conviver? ter que aceitar que as coisas e as pessoas mudam, respeitar diferenças, superar derrotas, ultrapassar limites, reconhecer erros, perdoar... tanta coisa.
mas sabe o que é legal?! surpreender e ser surpreendido; meu pai eterno, é "fe-lo-me-nal"! quando você menos espera: txaráááánnn! um gesto, uma palavra, um sinal... e o seu sorriso se abre.

é tão bom, tããããããão bom!
como diz Seu Severino: EU FICO INCRÍVEL!